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Quais os tipos de microbioma vaginal existem?

O microbioma vaginal é formado por uma comunidade dinâmica e complexa de microrganismos, os quais constituem a principal linha de defesa contra a colonização de patógenos oportunistas e são fundamentais para a manutenção da saúde da mulher.

microbioma vaginal

Estudos científicos indicam que um microbioma dominado por espécies de Lactobacillus é o ideal para a saúde vaginal. Isso acontece devido principalmente a capacidade dessas bactérias em produzir compostos como ácido lático, peróxido de hidrogênio e bacteriocinas. Essas substâncias acidificam o meio e assim, criam um ambiente favorável à saúde vaginal, contribuindo também para a defesa contra a colonização e proliferação de microrganismos patogênicos.


Existem evidências crescentes que a composição do microbioma vaginal influencia significativamente na saúde reprodutiva e sexual, incluindo os riscos relativos a abortos espontâneos e reações adversas no parto, além da defesa contra infecções, como infecções fúngicas, HIV e outros patógenos sexualmente transmissíveis. Sendo assim, conhecer o tipo de microbioma vaginal nos leva à uma melhor compreensão sobre o quadro clínico da mulher e direciona tratamentos de forma assertiva e eficiente de acordo com os microrganismos detectados.



Tipos de microbioma vaginal

O microbioma vaginal de mulheres em idade reprodutiva pode ser agrupado em seis tipos com base na composição das espécies presentes:

  • Tipo I: predominância de Lactobacillus crispatus

  • Tipo II: predominância de Lactobacillus gasseri

  • Tipo III: predominância de Lactobacillus iners

  • Tipo IV: caracterizado por um conjunto diversificado de bactérias anaeróbicas e baixa proporção de Lactobacillus

  • Tipo V: predominância de Lactobacillus jensenii

  • Tipo Bifidobacterium: predominância de Bifidobacterium


É importante lembrarmos que o tipo de microbioma vaginal não é estático e definido, podendo apresentar alterações devido diversos fatores, como: etnia feminina, período menstrual, desenvolvimento sexual, relações sexuais, idade, entre outros.


Além disso, o tipo de microbioma vaginal pode indicar se a comunidade bacteriana está mais suscetível ou não à invasão de patógenos. Na microbiota vaginal, um desequilíbrio da comunidade microbiana pode desencadear diversas condições, como a Vaginose Bacteriana, por exemplo.




Vamos conhecer um pouco mais sobre cada um dos tipos de microbioma vaginal?

TIPO I: o microbioma vaginal do Tipo I é caracterizado pelo domínio de Lactobacillus crispatus - esta espécie tem alta produção de ácido láctico e está associada ao microbioma vaginal mais estável quando comparada com os outros tipos. O microbioma vaginal do tipo I é correlacionado com menor risco de transmissão e aquisição de infecções sexualmente transmissíveis (IST).

TIPO II: o Tipo II é caracterizado pelo domínio da espécie Lactobacillus gasseri - esta bactéria tem alta produção de ácido láctico e está associada a um microbioma vaginal relativamente estável. Mulheres que apresentam microbioma vaginal do tipo II têm um menor risco de transmissão e aquisição de IST.

​TIPO III: o microbioma vaginal do Tipo III é caracterizado pelo domínio de Lactobacillus iners - esta espécie tem baixa produção de ácido láctico e está associada ao microbioma vaginal menos estável. E por isso, tem sido correlacionado com médio risco de transmissão e aquisição de IST. Esse tipo de microbioma é considerado mais suscetível à disbiose vaginal.

​TIPO IV: o Tipo IV é caracterizado por baixas proporções de Lactobacillus e maiores proporções de bactérias anaeróbias e bactérias associadas à Vaginose Bacteriana, tais como: Aerococcus, Atopobium, Atopobium vaginae, BVAB 1, 2 e 3, Corynebacterium, Dialister, Eggerthella, Enterococcus, Finegoldia, Gardnerella, Gardnerella vaginalis, Megasphaera, Mobiluncus, Parvimonas, Peptoniphilus, Prevotella, Sneathia, Staphylococcus e Streptococcus. Esse tipo de microbioma está associado a um pH vaginal mais alto e baixa produção de ácido láctico. O microbioma vaginal do tipo IV está correlacionado com alto risco de transmissão e aquisição de IST e mais propenso à disbiose vaginal. Estudos consideram que o tipo IV seja indicativo de Vaginose bacteriana diagnosticada por sequenciamento de DNA (VB-Seq).

​TIPO V: o Tipo V é caracterizado pelo domínio de Lactobacillus jensenii - esta espécie tem alta produção de ácido láctico e está associada ao microbioma vaginal relativamente estável. O microbioma vaginal do tipo V foi correlacionado com baixo risco de transmissão e aquisição de IST. Esse tipo é relativamente mais raro.

TIPO BIFIDOBACTERIUM: a colonização vaginal por Bifidobacterium pode ter um papel protetor semelhante ao de Lactobacillus, embora sejam necessários mais estudos para melhor esclarecer seu significado clínico.


Você sabia que podemos identificar qual o seu tipo de microbioma vaginal?

Sim! Através do BIOfeme, o exame molecular que identifica as bactérias e fungos presentes na microbiota vaginal, por meio do sequenciamento de DNA de alto desempenho, é possível reconhecer e classificar o tipo de microbioma vaginal da paciente.


Veja na imagem abaixo como são apresentados os tipos de microbioma vaginal no laudo do BIOfeme:

tipos de microbioma vaginal detectados no Biofeme

Após o processamento laboratorial e análises de bioinformática, a nossa equipe de analistas clínicos analisa o perfil da microbiota vaginal e faz as correlações com o histórico clínico da paciente, emitindo um laudo personalizado que contém informações como a composição de bactérias e fungos, presença de bactérias marcadoras de saúde vaginal e detecção de microrganismos patobiontes e patogênicos, além da classificação do tipo de microbioma vaginal.



Conhecendo o tipo de microbioma vaginal da paciente, é possível investigar associações com condições como: Vaginose bacteriana, Candidíase vulvovaginal, Infecção sexualmente transmissível (IST), HPV, dentre outras.


Ficou curiosa para conhecer o seu tipo de microbioma vaginal?

Solicite o exame que vai auxiliar a cuidar da sua saúde íntima: https://www.biome-hub.com/biofeme.


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Fontes:


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