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O que é candidíase?

Se você nunca sofreu com os sintomas da candidíase, você provavelmente conhece alguma mulher que já. Estima-se que 70 a 75% das mulheres são afetadas pela candidíase vulvovaginal durante suas vidas, sendo que aproximadamente 5% dessas mulheres podem sofrer mais de uma vez.


mulher com candidiase

Estudos científicos reportam que esse número pode e deve ser ainda maior, uma vez que não há obrigatoriedade de notificação dos casos desse tipo de infecção e portanto, a coleta de dados é imprecisa. Nos EUA, a candidíase é a segunda infecção vaginal mais frequente e é responsável por cerca de US$1 bilhão/ano entre diagnósticos e tratamentos.



Mas afinal, o que é a candidíase?

A candidíase vulvovaginal é uma infecção causada por fungos do gênero Candida, mais comumente pela espécie Candida albicans e que resulta em uma série de sintomas que afetam a qualidade de vida das mulheres.


É importante destacar que fungos Candida spp. são membros comuns da microbiota vaginal e podem viver sem causar danos à saúde feminina. Entretanto, quando há perturbações extrínsecas ou intrínsecas desse organismo, como por exemplo estresse, baixa imunidade e até mesmo o período menstrual, esses fungos podem ter um supercrescimento e perturbar o equilíbrio da microbiota favorecendo o desenvolvimento da infecção.


Assim, a candidíase pode ser considerada como um distúrbio multifatorial, em que uma composição em desequilíbrio da microbiota vaginal, fatores predisponentes da mulher, bem como a presença de espécies do gênero Candida, vão favorecer o aparecimento dessa condição. Outros fatores predisponentes da mulher, como diabetes mellitus tipo 2, regimes de imunossupressão, terapia antibiótica, e fatores comportamentais, como uso de contraceptivos e dispositivos intrauterinos, também podem favorecer o desenvolvimento da infecção.



E quais são os principais sintomas?

As manifestações clínicas mais comuns são:

  • Coceira vulvar,

  • Ardor, dor e irritação vaginal,

  • Dor durante a relação sexual,

  • Dor ao urinar,

  • Eritema vulvar e vaginal, edema e fissuras também são comumente encontrados.


Em relação ao corrimento vaginal: em alguns casos, as mulheres relatam não observar mudanças nesse aspecto; enquanto em outros, esse corrimento pode variar em consistência de fino à grumoso e de coloração esbranquiçada à acinzentada e ao contrário de outras condições vaginais, o corrimento da candidíase não tem odor desagradável.



Conhecer o microbioma vaginal pode ajudar

Como você já sabe, o BIOfeme é um exame ginecológico de última geração, que analisa o microbioma vaginal. Através de uma única amostra de swab vaginal é possível conhecermos toda a composição de bactérias e fungos presentes nessa microbiota.


Cerca de 80 a 92% dos casos de candidíase vulvovaginal estão associados a espécie C. albicans. Outras espécies também podem estar associadas às infecções, portanto, a identificação correta desse agente etiológico pode direcionar uma conduta médica diferencial e assertiva.

E você sabia que apesar de comum, a espécie C. albicans aparece na lista de fungos que ameaçam à saúde humana, com prioridade crítica, elaborada pela Organização Mundial da Saúde? Por isso, fique atenta aos sinais da sua saúde íntima, especialmente quando recorrentes.


Exemplo de gráfico taxonômico do Biofeme
Exemplo de gráfico taxonômico do Micobioma - análise de fungos - apresentado no laudo Biofeme.

Entre as espécies não-albicans estão: C. glabrata, C. tropicalis, C. krusei e C. parapsilosis. Acredita-se que as espécies de Candida não-albicans são mais propensas a infecções recorrentes, possivelmente pela resistência ao tratamento com medicamentos azólicos.


Além disso, os casos de candidíase de repetição ou ainda aqueles casos refratários aos tratamentos propostos, podem estar - e provavelmente estarão - relacionados aos quadros de Disbiose Vaginal. Vale destacar que o BIOfeme analisa a composição da microbiota independente de sintomas e/ou condições. Isto é, a análise de bactérias e fungos não é direcionada, a paciente receberá no laudo a composição completa da microbiota vaginal.


Portanto, através do BIOfeme, podemos identificar a presença de fungos do gênero Candida e, ainda, identificar se trata-se de uma espécie C. albicans ou não-albicans. O principal objetivo desse exame é trazer a medicina de precisão para a prática da ginecologia!


Conhecer e entender sobre o microbioma vaginal é de extrema importância para a manutenção da saúde íntima da mulher e proteção contra sintomas e doenças.



Esteja atenta e, se possível, tenha um especialista de confiança para lhe apoiar. Quanto antes são identificados quaisquer distúrbios, melhor!


Saiba mais sobre o BIOfeme aqui.



Fontes:


Jack D Sobel (2007). Vulvovaginal candidosis. , 369(9577), 0–1971. doi:10.1016/s0140-6736(07)60917-9


Foxman B, Barlow R, D’Arcy H, Gillespie B, Sobel JD. Candida vaginitis: self-reported incidence and associated costs. Sex Transm Dis 2000; 27: 230–35.


Fleury FJ. Adult vaginitis. Clin Obstet Gynecol 1981; 24: 407–38.


Sobel JD. Epidemiology and pathogenesis of recurrent vulvovaginal candidiasis. Am J Obstet Gynecol 1985; 152: 924–35.


Cetin M, Ocak S, Gungoren A, Ulvi Hakverdi A. Distribution of Candida species in women with vulvovaginal symptoms and their association with different ages and contraceptive methods. Scandinavian Journal of Infectious Diseases. 2007;39(6-7):584-588. doi:10.1080/00365540601148491.


Gonçalves B, Ferreira C, Alves CT, Henriques M, Azeredo J, Silva S. Vulvovaginal candidiasis: Epidemiology, microbiology and risk factors. Critical Reviews in Microbiology. 2015;42(6):905–927. doi:10.3109/1040841x.2015.1091805.


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