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Importância do microbioma vaginal

O microbioma vaginal desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde feminina. As comunidades bacterianas presentes na vagina são componentes-chave de um sistema de defesa antimicrobiano que atua para proteger as mulheres contra possíveis doenças.


O trato genital feminino possui vários mecanismos de defesa contra agentes infecciosos. Os mecanismos iniciais de defesa incluem barreira epitelial, síntese de muco protetor, pH vaginal, a composição da microbiota vulvar e vaginal e reação inflamatória . Em um ambiente equilibrado (em homeostase) os microrganismos (em especial os Lactobacillus) ajudam a estabilizar o pH do canal vaginal e a impedir que bactérias patogênicas se desenvolvam. Logo, o equilíbrio dos microrganismos na região vaginal é de suma importância para o não desenvolvimento de enfermidades. No entanto, o desequilíbrio do microbioma vaginal pode resultar em doenças como vulvovaginite, vaginite e infecções urinárias.

imagem representativa de um microbioma vaginal

Conheça os Lactobacillus


O microbioma vaginal ideal é aquele que possui um tipo predominante de bactérias, os Lactobacilos, que são os principais microrganismos de defesa existentes na microbiota vaginal, pois formam um biofilme natural revestindo toda a mucosa, inibindo a adesão, crescimento e proliferação de patógenos no canal vaginal. Essa função defensiva é exercida por vários mecanismos, como redução do pH vaginal (mantêm o valor de pH ideal para o equilíbrio do microbioma), produção de compostos antimicrobianos, como ácido lático, peróxido de hidrogênio e bacteriocinas, que contribuem para um microbioma vaginal saudável e estabelecem uma defesa contra os patógenos invasores.


Já o microbioma considerado não-ideal é caracterizado por uma mudança de composição, apresentando baixa proporção de Lactobacillus,alta proporção de fungos e/ou bactérias patogênicas e patobiontes (alta diversidade). O microbioma não-ideal pode estar associado a sintomas vaginais, à inflamação genital e a resultados adversos à saúde.


O microbioma vaginal de mulheres em idade reprodutiva é geralmente classificado em cinco tipos com base na composição das espécies de bactérias. Quatro deles são caracterizados por uma abundância relativa elevada de diferentes espécies de Lactobacillus: L. crispatus (Tipo I), L. gasseri (Tipo II), L. iners (Tipo III) e L. jensenii (Tipo V), enquanto o quarto (Tipo IV) é caracterizado por um conjunto diversificado de bactérias anaeróbicas e baixa proporção de Lactobacillus.


Estudos mais recentes descreveram mais um novo tipo caracterizado pela predominância de Bifidobacterium (Tipo Bifidobacterium). O tipo do microbioma vaginal indica se aquela comunidade está mais propensa ou não a desenvolver uma disbiose vaginal e a aquisição de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), devido às características de cada microrganismo que o compõem.


No entanto, é importante ressaltar que o tipo de microbioma vaginal não é definitivo, pode apresentar alterações na composição ao longo da vida da mulher em resposta a fatores endógenos e exógenos, como infecções vaginais, idade, gravidez e tratamentos medicamentosos.


A importância do pH vaginal


A produção de ácido láctico é essencial para a manutenção do micro ambiente vaginal saudável. Dessa maneira, auxilia no equilíbrio microbiano vaginal fazendo um controle do ambiente para que colônias não se sobreponham às outras. O pH ácido resultante previne a proliferação excessiva de microrganismos potencialmente patogênicos. Além disso, os Lactobacillus também produzem peróxido de hidrogênio e bacteriocinas, que são radicais hidroxilados tóxicos e inibem o crescimento de bactérias.


A microbiota vaginal com ausência ou baixa concentração de bactérias ácidos lácteas - Lactobacillus - resulta em um ambiente favorável para proliferação de agentes patogênicos, tornando o trato genital feminino mais suscetível às infecções tais como vaginoses bacterianas, doença inflamatória pélvica, infecção pós cirúrgica e as corioamnionites. Portanto, o ambiente ácido da vagina é reconhecido como importante mecanismo de equilíbrio e defesa contra proliferação de patogênicos.


A estreita relação com a saúde da mulher


Como as alterações na microbiota podem estar envolvidas em determinadas patologias e influenciar de forma significativa o bem-estar, é aconselhável acompanhar e entender sua composição, buscando indicadores de manutenção da saúde.


A caracterização do microbioma é capaz de detectar estados de desequilíbrio microbiológico, como em casos de vaginoses, que afetam drasticamente a saúde e qualidade de vida das mulheres; de identificar a classificação do tipo de microbioma, que pode ser relacionado, por exemplo, ao maior risco de vaginose; e de verificar a presença de Lactobacillus, que são consideradas bactérias marcadoras de saúde.

O BIOfeme foi desenvolvido para dar suporte ao diagnóstico de diversas condições, bem como acompanhamento de tratamentos medicamentosos. Com o BIOfeme, a microbiota vaginal torna-se uma aliada para a saúde da mulher e para a prática clínica, pois auxilia os profissionais de saúde na identificação e caracterização do perfil microbiano vaginal e sua relação com a saúde da mulher, possibilitando uma melhor compreensão sobre o quadro clínico e direcionando tratamentos de forma mais assertiva e eficiente de acordo com os microrganismos detectados. Sua metodologia inovadora possibilita com apenas uma amostra de swab vaginal:

  • Avaliar a diversidade geral da microbiota vaginal.

  • Identificar as bactérias e fungos da microbiota vaginal.

  • Identificar o tipo de microbiota vaginal - alguns tipos são mais protetores, enquanto outros predispõem a doenças.

  • Verificar o equilíbrio da microbiota vaginal.

  • Identificar as bactérias benéficas da microbiota, que são marcadoras de uma boa saúde vaginal.

  • Avaliar a proporção relativa dos microrganismos, pois a relação entre eles diz muito sobre a saúde vaginal.

O BIOfeme possibilita que medidas preventivas sejam adotadas para a saúde feminina, evitando complicações que possam surgir a partir do desequilíbrio da microbiota vaginal. E essa nova forma de cuidar da saúde da mulher já está disponível. ​​Procure o seu ginecologista e converse com ele sobre essa nova forma de cuidar da sua saúde íntima. O equilíbrio entre os bons hábitos e os cuidados com a saúde íntima, adquiridos pela consciência e acesso às informações, são essenciais para fortalecer uma vida saudável!


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