Saiba mais sobre as causas e consequências de ter um microbioma oral em desequilíbrio. Será que ter bactérias em proporções inadequadas é prejudicial à saúde?
Microbiota oral: a segunda mais diversa do organismo humano
A cavidade oral contém uma ampla variedade de microrganismos, incluindo bactérias, fungos e vírus. Dentre esses microrganismos, as bactérias orais quando em equilíbrio desempenham um papel fundamental na boa qualidade da saúde bucal. Porém, quando esse equilíbrio é perturbado observamos inúmeras consequências negativas para a saúde bucal. Neste postblog, vamos explorar as consequências de um microbioma oral em desequilíbrio.
As informações apresentadas aqui são baseadas em estudos científicos recentes e podem ser consultadas ao final do conteúdo.
Microbioma oral em desequilíbrio
O desequilíbrio do microbioma oral é um tema muito importante e de crescente interesse e estudo na área odontológica e médica. Este aumento de interesse sobre o assunto ocorre, pois o microbioma oral desempenha um papel fundamental na saúde bucal e sistêmica. O seu desequilíbrio impacta não somente a saúde oral, mas também gera impactos na saúde geral do paciente.
Assim como no intestino, o microbioma oral é composto por uma variedade de microrganismos que vivem em equilíbrio. Esses microrganismos desempenham funções importantes na proteção contra patógenos, no metabolismo de nutrientes e na manutenção da integridade dos tecidos orais. No entanto, diversos fatores podem levar a um desequilíbrio nesse ecossistema oral e desencadear processos inflamatórios.
Uma das principais causas do desequilíbrio do microbioma oral é a má qualidade da higiene oral que leva à formação de placa bacteriana. Com isso, a falta de escovação e uso irregular do fio dental permite que as bactérias nocivas se acumulem nos dentes e gengivas. Com o tempo, essa placa pode se transformar em tártaro, proporcionando um ambiente propício para o crescimento excessivo de bactérias patogênicas. Isso pode levar ao desenvolvimento de cáries, gengivite e até mesmo periodontite.
Além da higiene oral precária, outros fatores podem contribuir para o desequilíbrio do microbioma oral. Veja os principais:
Consumo excessivo de açúcar e alimentos processados pode favorecer o crescimento de bactérias prejudiciais;
Dieta pobre em nutrientes pode enfraquecer o sistema imunológico oral, tornando-o mais suscetível a infecções;
Uso indiscriminado e inadequado de antibióticos também pode afetar negativamente o equilíbrio do microbioma oral, eliminando tanto as bactérias patogênicas quanto as benéficas.
É importante ressaltar que o desequilíbrio do microbioma oral não se limita apenas à saúde bucal. Estudos científicos recentes têm investigado a possível relação entre o desequilíbrio microbioma oral e condições sistêmicas, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, doenças inflamatórias intestinais e até mesmo distúrbios neurológicos, como a doença de Alzheimer.
A imagem abaixo ilustra condições que podem ser afetadas pelo desequilíbrio do microbioma oral.
Com estas informações, fica evidente a importância de promover um equilíbrio do microbioma oral. Isso pode ser alcançado através de uma rotina adequada de higiene oral, incluindo escovação regular dos dentes, uso do fio dental, alimentação adequada (evitando o consumo excessivo de açúcar) e visitas periódicas ao dentista.
O desequilíbrio do microbioma oral é algo relevante e que pode ter consequências significativas para a saúde bucal e geral. Compreender os fatores que contribuem para esse desequilíbrio e adotar medidas preventivas adequadas pode ajudar a preservar um microbioma oral saudável.
E, para saber com precisão se o microbioma oral está em desequilíbrio, é possível utilizar exames de sequenciamento genético. Quer saber mais sobre nosso exame de microbioma oral? Clique aqui!
Tenha resultados precisos em suas mãos e aumente a qualidade de vida do seu paciente! ORALBIOME: uma forma inovadora de cuidar da saúde bucal!
Fontes:
Baker, J. L., et al. Ecology of the oral microbiome: beyond bacteria, 2017. doi: 10.1016/j.tim.2016.12.00
Belstrøm D. The salivary microbiota in health and disease, 2018. doi: 10.1080/20002297.2018.1476645
Hajishengallis, G., et al. Beyond the red complex and into more complexity: the polymicrobial synergy and dysbiosis (PSD) model of periodontal disease etiology, 2012. doi: 10.1111/j.2041-1014.2012.00663.x
Hajishengallis, G. Periodontitis: from microbial immune subversion to systemic inflammation, 2015. doi: 10.1038/nri3785
Kapil, V., et al. Inorganic nitrate and the cardiovascular system, 2010. doi: 10.1136/hrt.2009.180372
Kilian, M., et al. The oral microbiome – an update for oral healthcare professionals, 2016. doi: 10.1038/sj.bdj.2016.865.
Kumar, P. S. Oral microbiota and systemic disease, 2013. doi: 10.1016/j.anaerobe.2013.09.010
Lamont, R.J., et al. The oral microbiota: dynamic communities and host interactions, 2018. doi: 10.1038/s41579-018-0089-x
Marsh, P. D. Dental plaque as a microbial biofilm, 2006. doi: 10.1159/000092101
Penga, X., et al. Oral microbiota in human systematic diseases, 2022. doi: 10.1038/s41368-022-00163-7
Potempa, J., et al. The case for periodontitis in the pathogenesis of rheumatoid arthritis, 2017. doi: 10.1038/nrrheum.2017.132
Yamada, C., et al. Potential Role of Phosphoglycerol Dihydroceramide Produced by Periodontal Pathogen Porphyromonas gingivalis in the Pathogenesis of Alzheimer’s Disease, 2020. doi: 10.3389/fimmu.2020.591571
Comments