Vaginite mista: diagnóstico correto é a chave para o tratamento
- Mirella Scariot
- 17 de fev.
- 2 min de leitura
Você sabia que é possível apresentar diferentes infecções vaginais ao mesmo tempo? Quando há a presença simultânea de dois ou mais patógenos vaginais, estamos diante de um caso de Vaginite Mista. Essa condição exige atenção especial, pois o diagnóstico correto de todos os agentes etiológicos envolvidos é fundamental para que o tratamento seja assertivo.

Por Mirela Scariot
Cientista de Alimentos, Dra em Ciência dos Alimentos pela e UFSC Product Owner na BiomeHub.
Neste postblog será abordado:

O que é Vaginite mista?
A vaginite mista ocorre quando há a presença simultânea de pelo menos dois tipos de infecção vaginal ou patógenos diferentes, contribuindo para um desequilíbrio no ambiente vaginal e causando sintomas desconfortáveis.
As causas mais comuns da vaginite mista incluem a infecção de fungos do gênero Candida (causador da candidíase) e de bactérias como Gardnerella vaginalis (associada à Vaginose bacteriana). Essa interação de patógenos provoca um desequilíbrio na microbiota vaginal, resultando em sintomas desconfortáveis e, muitas vezes, persistentes.
Leia também: Vaginose bacteriana: nem sempre a culpa é da Gardnerella
Cada uma dessas condições isoladas possui causas e características distintas, tornando o diagnóstico ainda mais desafiador.
Sintomas de Vaginite mista

Como diferentes microrganismos podem estar envolvidos, os sintomas da vaginite mista variam amplamente. Em alguns casos, um tipo de microrganismo pode mascarar os sintomas típicos do outro, dificultando o diagnóstico.
Os sinais mais comuns incluem:
Corrimento vaginal: que pode variar de grumoso a fluido, com coloração branca, amarelada ou acinzentada;
Coceira, ardor e dor vaginal;
Odor vaginal pode estar presente em alguns caso;
Dor durante a relação sexual.
Identificar todos os agentes etiológicos envolvidos em uma vaginite mista é essencial para garantir o sucesso do tratamento. Um diagnóstico incompleto pode resultar em tratamentos ineficazes, prolongando o desconforto e aumentando as chances de recorrência.
Com ferramentas como o BIOfeme, é possível identificar detalhadamente a composição da microbiota vaginal, fornecendo informações precisas para que o profissional de saúde direcione o tratamento.
A vaginite mista é uma condição desafiadora, mas pode ser tratada de maneira eficaz com o diagnóstico correto. Se você apresenta sintomas recorrentes ou está insatisfeita com os tratamentos anteriores, realizar um exame de microbiota vaginal pode fazer toda a diferença.
Referências:
Xiao B, A D, Qin H, Mi L, Zhang D. Correlation Analysis of Vaginal Microbiome Changes and Bacterial Vaginosis Plus Vulvovaginal Candidiasis Mixed Vaginitis Prognosis. Frontiers in Cellular and Infection Microbiology. 2022;12. doi:10.3389/fcimb.2022.860589
Sobel JD, Subramanian C, Foxman B, Fairfax M, Gygax SE. Mixed Vaginitis—More Than Coinfection and With Therapeutic Implications. Current Infectious Disease Reports. 2013;15(2):104-108. doi:10.1007/s11908-013-0325-5
Qi W, Li H, Wang C, et al. Recent Advances in Presentation, Diagnosis and Treatment for Mixed Vaginitis. Frontiers in Cellular and Infection Microbiology. 2021;11. doi:10.3389/fcimb.2021.759795