Uma pesquisa recente, realizada pela International Microbiota Observatory, entrevistou 6.500 pessoas em diversos países com o objetivo de avaliar o conhecimento sobre o termo “microbioma” e seu impacto sobre a saúde.
Os entrevistados, no primeiro momento, foram questionados se conheciam o termo “microbioma”. 64% das pessoas já tinham ouvido falar sobre o termo “microbioma”. Apesar do aumento exponencial de artigos científicos disponíveis, apenas 1 em cada 5 pessoas sabiam exatamente o significado.
Além disso, quase metade dos entrevistados não sabiam quais microrganismos fazem parte do microbioma.
O termo “microbioma” foi associado a diversas informações, palavras e sentimentos como bacteria, corpo, saúde, intestino, doença e flora.
Existem diversos microbiomas, sendo os mais populares o intestinal, vaginal, oral e de pele. Apenas ⅓ das pessoas que responderam, já haviam entrado em contato com os termos microbioma urinário, microbioma pulmonar e microbioma de orelha, nariz, e garganta. Neste tópico, os brasileiros tinham um conhecimento discretamente maior em relação aos demais países.
Embora o conhecimento sobre as causas e consequências de um microbioma desequilibrado seja limitado, algumas informações essenciais são conhecidas pela maioria das pessoas. Um terço dos entrevistados conheciam o termo “disbiose”, enquanto apenas 11% sabiam seu conceito.
Leia também:
Falta de conscientização sobre os comportamentos e as soluções a serem implementadas para manter um microbioma equilibrado
Em relação ao papel do microbioma intestinal no processo saúde-doença, a maioria das pessoas tinham informações limitadas: 75% dos entrevistados não sabiam que existia uma relação entre microbioma e doença de Parkinson, doença de Alzheimer e distúrbio do espectro autista.
Os pesquisadores também abordaram questões sobre medidas comportamentais para melhorar o microbioma: dieta variada e balanceada, praticar atividade física, não fumar, consumir probióticos, consumir prebióticos, realizar duchas vaginais e tomar banho ao menos duas vezes ao dia. Veja a imagem abaixo:
Os brasileiros tiveram o melhor desempenho: 64% adotam estes comportamentos.
Outro tópico interessante foi a associação entre alguns distúrbios e sua relação com o microbioma. Metade dos entrevistados que tiveram distúrbios gastrointestinais ou infecção urogenital nos últimos 5 anos, associaram estes evento ao microbioma, porém quando o distúrbio era em outros órgãos, apenas ⅓ foi capaz de fazer essa ligação.
Profissionais de saúde são essenciais para ensinar os pacientes a se tornarem protagonistas da própria saúde do microbioma
Quase 1 em cada 2 brasileiros (49%) recebeu explicações de seu profissional de saúde sobre como manter um microbioma equilibrado (em comparação com 44% no geral).
Por outro lado, eles têm menos conhecimento sobre as consequências negativas dos antibióticos em seu microbioma. Apenas 1 em cada 3 brasileiros recebeu recomendações de seu profissional de saúde sobre como minimizar as consequências negativas do uso de antibióticos em seu microbioma (32%) ou foi informado de que o uso de antibióticos poderia alterar o equilíbrio de seu microbioma (32%).
A BiomeHub acredita que o conhecimento é a principal ferramenta de transformação na vida das pessoas, que se constrói de maneira clara e colaborativa. Deste modo, estamos abertos a contribuir e aprender sempre.
Nós defendemos a democratização da ciência e trabalhamos para torná-la mais próxima e acessível.
Acesse na íntegra os resultados desta pesquisa, clicando aqui. Se você quiser ter acesso apenas aos resultados do Brasil, pode acessar diretamente aqui.
Comments